FURNARIÍDEOS formam uma família numerosa e diversificada de pássaros insetívoros, habitantes de mata ou de áreas abertas. Tem colorido discreto em tons de marrom, cinza e ferrugíneo. Muitos se ocultam na vegetação, mas traem-se por suas vozes sonoras e características. Alguns constroem ninhos de barro, em forma de forno, outros fazem enormes estruturas de gravetos ou, ainda aninham em ocos.
MARIA-DE-BARRO-DE-PÉ-BRANCO Furnarius leucopus
Razoavelmente comum, em mata de galeria e borda de mata. Prefere áreas na proximidade da água. Perna rosada, bico claro. Canela-vivo por cima, contrastando com coroa mais escura e com sobrancelha branca vistosa.
Garganta branca, alaranjado-vivo por baixo. Bem menos conspícua que o joão-de-barro. O canto é uma sequencia descendente rápida de notas fortes, desacelerando no final, lembra muito o do João-de-barro.
JOÃO-DE-BARRO Furnarius rufus
Comum, de ocorrência ampla em áreas abertas, incluindo pastos, plantações e sedes de fazendas, também em cidades. Colorido uniforme. Marrom-ferrugíneo por cima, mais cinzento na coroa.
Por baixo mais claro, garganta e meio da barriga brancos. Lembra vagamente um sabiá. Mais fácil de ver que as marias-de-barro, ambas com “sobrancelha” branca. Caminha decidido pelo solo e pousa em mourões, postes e árvores.
Todo ano, o casal constrói um ninho novo. Outras aves usam o ninho antigo até que se desfaça. Uma das aves mais populares do Brasil. Canto forte, dado em dueto pelo casal: uma série de notas abruptas e rascantes, que se intensifica e depois se atenua e desacelera, lembrando uma gargalhada.
CASACA-DE-COURO-DO-PANTANAL
Pseudoseisura unirufa
Razoavelmente comum na borda de mata de galeria e cerradão e
perto de sedes de fazendas, no Pantanal. Olho amarelo. Grande, todo ferrufíneo,
com um topete arrepiado, ás vezes com um ouço d cinza. Única ave dessa cor com
topete.
Em geral arborícola, pode descer ao solo, onde saltita ou caminha com
passo inseguro. O casal costuma ficar por perto do ninho, grande, chamativo e
feito de gravetos. A vocalização, forte, inconfundível e dada em dueto é ouvida
com frequência; uma ave dá uma série descendente de notas “tchip”, que acelera
até um tremor contínuo; o parceiro dá uma série rápida de notas “tche”; o fim é
meio hesitante. Lembra a voz do João-de-barro.
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