terça-feira, 19 de julho de 2011

GARÇAS E SOCÓS (Ardeídeos) São aves com pescoço, pernas e bico longos. Preferem ambientes úmidos, capturam peixes e outros animais aquáticos em água rasa.

SOCOZINHO Butorides striatus


Comum, de ocorrência ampla em brejos e a à beira da água, habita inclusive lagos em parques urbanos. Pequeno, atarracado, com pernas curtas amareladas. Adulto com coroa e crista pretas, por cima, preto esverdeado com penas da asa orladas de pardo.


Lados da cabeça, pescoço e peito cinzentos, com um faixa branca orlada de castanho descendo garganta abaixo, barriga cinza clara. Imaturo com cora estriada, amarronzado por cima, estrias marrons por baixo, fácil de reconhecer. Em geral solitário, nos locais onde é numeroso pode ser visto em grupos.


Espreita de poleiros logo acima da água, pega presas com botes rápidos, quando agitado, move a cauda para os lados e eriça a crista. Aninha sozinho ou em grupos pequenos


SOCO DORMINHOCO Nycticorax nycticorax



Localmente comum á beira de lagos, baías e rios, sobretudo no Pantanal. Atarracado, de silhueta encurvada. Adulto com bico preto forte, olho vermelho, cora e topete pretos e duas longas penas brancas finas na cabeça, branco na face, testa e por baixo, asa cinza clara.


Imaturo com olho amarelado, mandíbula amarelo esverdeada, por cima marrom escuro com estrias claras, asa pintalgada, por baixo, pardo rajado. Noturno, ao anoitecer deixa os poleiros para alimentar se. Quando tem filhotes, pode ser ativo de dia. Passa o dia oculto na vegetação.



SOCÓ BOI Tigrisoma lineatum



De ocorrência ampla, localmente comum em brejos, lagoas e cursos d’água com com mata ciliar. Adulto com cabeça e pescoço castanho ferrugíneos, por cima, escuro com fino vermiculado claro. Pele amarela entorno do bico, garganta e pescoço brancos em estria mediana escura, barriga parda, imaturo distinto – ferrugíneio claro com marcas pretas , asas com faixas evidentes, por cima pintas pardas e acaneladas, por baixo, mais claro com barrado e manchas escuros, cauda com quatro faixas brancas estreitas.


Só adquire plumagem adulta após alguns anos,perdendo pintas e barras aos poucos . Passa muito tempo imóvel, de pescoço encolhido, na beira d’água ou em locais rasos esperando as presas.


Se habituado ás pessoas, permite grande aproximação. Pousa em árvores vocaliza mais á noite, o canto é um mugido profundo e longo, daí o nome popular, de madrugada, dá um série rápida de grunhidos.



GARÇA VAQUEIRA Bubulcus íbis



Muito comum, com ocorrência ampla em área abertas, sobretudo em pastos, junto ao gado, mais numerosa no pantanal. Pequena, robusta. Loro amarelado, bico amarelo curto e forte, pernas amarelo oliváceas ou esverdeadas. Adulto branco, na época da reprodução, cor verde vivo, bico e pernas laranja, coroa, costas e peito com tom alaranjado. Imaturo branco sujo.


A graça vaqueira tem aparência atarracada, bem diferente das outras garças brancas. Muito gregária, especialmente nas árvores dormitório, onde ao anoitecer reúnem se os bandos de uma grande área ao redor, em alguns locais chegando a milhares de indivíduos. Segue rebanhos bovinos, daí seu nome popular, capturando insetos espantados pelos animais e até pousando nos dorsos das reses. Alimenta se também em campo arados, em lixões e até em acostamentos de estradas, só freqüenta brejos e alagados se houver gado presente. A espécie colonizou o Brasil na década de 1960, tendo chegado á América do Sul no séc. 19, vinda da África.




GÊNERO EGRETTA compreende garças com bico, pescoço e pernas longos, que freqüentam a água rasa e suas margens. Na época reprodutiva, todas tem longas penas especiais (aigretees) em várias partes do corpo.
GARÇA BRANCA PEQUENA Egretta thula

Comum, de ocorrência ampla em brejos e a margem de qualquer corpo d’água. Olho e loros amarelos, bico preto esguio, perna preta com pés amarelos vivos a cor subindo por trás da perna. Adulto todo branco, na reprodução, olhos e loro quase laranjas, aigrettes brancas delicada saindo da coroa, peito e costas. Imaturo parecido,mas pode ter  bico amarelado. Delicada, a graça branca pequena costuma alimentar se mais ativamente que as outras, correndo agitada e graciosa. Às vezes agitam a água rasa e o sedimento do fundo com os pés, para desalojar presas ocultas. Quando o nível da água está baixando e o alimento se torna abundante. Reúne se em grandes números, junto com outras aves paludícolas.



GARÇA BRANCA GRANDE Ardea Alba

Olho e bico amarelo vivo e pernas pretas. Adulto branco, na reprodução, loros mais verde aigrettes longas e etéreas nas costa e na frente do pescoço. Jovem com bico amarelo com ponta escura. Grande, esquia de pescoço muito longo, tem comportamento similar a garça moura, mas é mais gregária, onde o alimento é abundante, junta se grupos com centenas de indivíduos.


Seu vôo é tranqüilo, com batidas de asas amplas e pausada, aninha em ninhais freqüentemente com outras garças.

GARÇA MOURA  Ardea cocoi

Comum, de ocorrência ampla na margem de corpos da água e em brejo. Muito grande, de pescoço bem longo. Olho amarelo, face nua esverdeada, bico forte, amarelo, pernas esverdeada, bico forte, amarelo, pernas esverdeadas. Adulto com coroa preta, pescoço e peito branco. Barriga preta, contrastado com coxas brancas, asa e costas cinza azulada. Na reprodução, face mais azul, bico laranja longo topete preto longas plumas brancas no peito e no ombro. Imaturo com padrão menos nítido mais cinzento com coroa negra; sem plumas longas, coxas já brancas.

Voo lento e estável, com batidas de asa amplas, ao voar vê-se bastante branco no bordo anterior da asa. Única garça de grande com padrão preto e branco chamativo. Fica imóvel em água rasa ou na margem, esperando presas, as vezes longo tempo, também caminha devagar em busca de presas. Onde o alimento é abundante, se junta em grupos, como nas poças deixadas pela decida das águas na vazante. Silenciosa, se incomodada, dá um ``hãa´´ queixoso ao fugir voando.


MARIA-FACEIRA    Syrigna sibilatrix

Razoavelmente comum, de ocorrência  ampla em pastos e campos e perto de lagoas e brejos. Elegante, bico rosa com ponta preta, face nua azul, pernas meio curtas, esverdeadas. Penacho e mascara pretos, face, pescoço e peito pardo alaranjados, coberteiras das  asas pardo  alaranjadas orladas de preto, barriga branca.


Por cima, cinza azulada com rabadilha branca, bem visível em voo. Imaturo com pescoço mais estriado. Compare com a garça real, também com azul na face. Menos ligada a água .


GARÇA REAL Pilherodius pileatus


Escassa, de ocorrência ampla em brejos, áreas alagadas e margens de rios. Olho marrom, face nua e bico azul, que, ás vezes apresenta ponta mais escura, perna cinza azuladas. Adulto com coroa negra proeminente, longas penas brancas atrás da cabeça, testa branca, cabeça, pescoço e peito cor de creme. 




Cinza clara por cima barriga branca, na reprodução, cores mais vivas e penas na cabeça mais longas. Imaturo sem penas longas coroa com estrias cinzentas, sem cor de creme. Única garça que combina coroa negra com face e bico azul intensos.


Em voo , batidas de asa de pequena amplitude. Em geral solitária, vários indivíduos pode alimentar se mais ou menos próximo, na lama ou em capinzais na beira d’água, espantadiça, costuma ser silenciosa, pode dar grasnados curtos.

ÍBIS E COLHEREIROS    São aves paludícolas  que lembram as garças. Salvo os colhereiros, tem bicos curvados para baixo. Voam com pescoço esticado.
O GÊNERO THERISTICUS  Inclui espécies de íbis grandes e vistosos, com pernas em tanto curtas.São habitantes  de áreas abertas.


CURICACA   theristicus caudatus

Razoavelmente comum, de ocorrência ampla em cerrado, campos e pastagens. Colorido chamativo. Olho vermelho, mascara e “bigode” negros, longo bico negro, curvo, pernas rosa alaranjadas. Adulto com face, pescoço e papo alaranjados, coroa, nuca e peito inferior ferrugíneos, garganta mais clara, barriga preta.
Em voo, coberteiras da asa branca, bem visíveis, penas de voo e calda pretas. Imaturo mais palido com estrias pardas na cabeça, pescoço e por baixo. Não esta associada à água e raramente freqüenta áreas alagadas. Muitas vezes forma bandos barulhentos e é fácil de detectar. Alimenta-se em terra seca, com predileção por áreas recém queimadas,  caminha pelo capim baixo,em busca de invertebrados ou rãs. Empoleiram em árvores, os bandos podem pernoitar em palmeiras de sedes de fazenda, numa associação com araras (azul ou Canindé). Desconfiada. Voo seguro, as vezes bem altos. A voz típica é um ``curicak! Curicak!`` sonoro e potente, muitas vezes ouvido bem antes que a ave seja vista. O bando empoleirado pode gritar em coro por muito tempo, fazendo reverencias e outras exibições.

MAÇARICO- REAL  Theristicus caerulescens

Razoavelmente comum em brejos e na margem de lagoas e baias, no Pantanal. Olho alaranjado, longo bico curvo cinza escuro, pernas róseas. Cinza chumbo uniforme, crista longa, em geral abaixada. Na região, é o  maior íbis e único cinzento.


Visto em pares, as vezes em  bandinhos, caminha pela água rasa de poças e de valas ao longo de estrada alimentando-se. Não se junta a outras aves palodícolas, exceto em poças deixadas pela vazante, onde as presas ficam concentradas. Manso, sobretudo se comparado  com a desconfiada curicaca. A voz, um som típico de Pantanal, é um ``co-co-co-co-co-co-co`` potente e sonoro.
COROCORÓ    Mesembrinibis cauennensis
Escasso ou localmente comum, ao redor de baias, lagoas e riachos, mais numeroso no Pantanal .Olho cinza, face nua verde-escura, longo bico curvo, pernas verdes, um tanto curta. Adulto verde bronzeado escuro, quase preto por baixo, topeto curto, em geral pouco visível, mas as vezes eriçados, nuca verde reluzente. Imaturo apagado e escuro, sem brilho verde. Compare com o tapicuru, menor, mais escuro, com vermelho na face, bico e pernas. Solitário, em casal ou em grupinhos bem dispersos. Caminha devagar na água rasa, enfiando o bico na lama, empoleira em arvores. Mais discreto que outros íbis, tem habito crepuscular. Voo nervoso, com batidas de asa  rápida e rígida. Canto potente e característico, um ``corocoro-coro...``suave e fluido, em geral dado em vôo (compare com a voz do anu-coroca).
TAPICURU  Phimosus induscatus
Razoavelmente comum em brejos e áreas abertas ao redor de lagoas e baias. Olho marrom, face nua vermelha, bico avermelhado delgado e curvo, em geral de ponta escura, pernas rosa intenso. Adulto preto, brilho verde bronzeado por cima. Imaturo mais apagado, menos bronzeado, bico escuro. Compare com a caraúna, maior, mais castanho na parte anterior durante a reprodução, mais bronzeado na asa, branco na face, também compare com o corocoró, de bico, de face e pernas verdes, sem vermelho. Em voo, pernas mais longas que a calda (ao contrario do caraúna).
Gregário, forma grupos  compactos, as vezes com centenas de indivíduos, que podem juntar-se a outras aves paludícolas. Alimentam-se enfiando o bico no barro. Vôo forte, com batidas de asa decididas, plana menos que a caraúna. Como este (mais diferente do corocoró) com frequência voa alto, deslocando-se entre áreas de alimentação e dormitório.
CARÃO   Aramus guarauna
Localmente comum em brejos e lagoas e seus arredores, fácil de ver no Pantanal. Grande, de pescoço longo, bico longo com ponta mais escura e caída,  longas pernas escuras. Marrom escuro, rajado de branco na cabeça, nuca e alto do dorso. Compare com os íbis, de bico fino e curvo, face nua, bico reto  e forte. Empoleira em arbusto e árvores. Quando nervoso, agita a cauda, pode ser bem manso. Voo forte, algo rígido, com pescoço estendido e pernas muitas vezes pendentes,  a asa da um solavanco típico ao ergue-se. Predam caracóis do gênero Pomacea, às vezes rãs e insetos grandes. Barulhento, vocaliza também de noite, a voz mais comum é um “carr-rr-rao” repetido, potente e triste, que inspirou o nome popular. Único membro da família dos aramídeos.
COLHEREIRO Ajaia ajaja

De ocorrência localizada, em brejos e beira d’água. Às vezes colocado no gênero Platalea. Espetacular e inconfundível, todo rosado, com bico longo e achatado, em forma de colher. Olho laranja ou vermelho pernas avermelhadas. Adulto com cabeça nua cinza esverdeada e nuca preta. Plumagem rosa com, dorso superior, pescoço e papo branco, por cima e por baixo das asas, faixas avermelhadas na coberteiras, mais intensa na reprodução, calda laranja.
Na reprodução, tufo pardos de  penas no peito. Imaturo com cabeça emplumada e mais branco, já com rosa na calda e sob a asa,  vai ficando mais rósea com a idade, atingindo a coloração adulta aos três anos. Gregário, em bandos pequenos que se juntam a outras aves para alimentar-se em poças, na vazante. Caminha pela água rasa, movendo o bico de lado a lado. Em vôo, o colorido rosa e vermelho das asas são bem visíveis, voa com pescoço e pernas estendidos, alternando vôo batido e planado.

MERGULHÕES (Podicipedídeos) São aves mergulhadoras pequenas, de pés lobados, parecidas com patos. Vivem em lagos e lagoas. Raramente voam, e só vão para a terra para nidificar.


MERGULHÃO   Podilymbus podiceps


Raro, de ocorrência localizada em lagoas e baías. Bico grosso, branco cinzento, com uma faixa negra durante a reprodução. Olho escuro, anel ocular claro. Adulto marrom acinzentado. Em  vôo, asas escuras. Sedentário voa pouco prefere águas mais profundas e abertas. Quando bem novo tem riscas brancas na cabeça.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

PATOS (Anatídeos) São aves aquáticas bem conhecidas, de ampla ocorrência em brejos, lagoas e baías. Tem pés palmados e densa plumagem impermeável.

PATO DO MATO Cairina moschata



De ocorrência ampla no Pantanal. Possui o bico róseo salpicado de preto. O macho com carúnculas vermelhas no bico e topete no alto da cabeça, face nua, preta.


Cor geral preta esverdeada reluzente. Em vôo, grande espelho branco na asa, oculto quando pousada. A fêmea bem menor, sem topete e com menos branco. Ave mais velha tem mais branco. Jovem marrom escuro ou preto sem brilho, pouco ou nenhum branco na asa. O pato do mato é elegante, alerta e arisco, de vôo pesado, mas vigoroso, pasta no capim baixo, chapinha na água rasa e quase não se junto a outros anatídeos. Empoleira e pernoita em árvores, aninha em ocos nos troncos. Em geral silencioso, pode sibilar ou grasnar baixinho.




O GÊNERO DENCROCYGNA inclui marrecas vistosas, de pescoços e pernas um tanto longos. Formam grandes bandos ruidosos, freqüentes em brejos e alagados. Descasam em terra e são ativos de noite.


IRERÊ Dendrocygna viduata



Comum em brejos e á beira de baías e lagoas. Bico e pernas cinza escuros. Face e garganta brancas contrastando como o negro do resto da cabeça e pescoço, por cima, marrom rajado com pardo. Paro e peito de um marrom ferrugíneo vivo, em vôo, asa e cauda escuras. Costuma permanecer pousado a beira da água, numa postura alerta, em geral em bandos, que pode ter centenas de aves, ás vezes junto com outras espécies do mesmo gênero.


Alimenta se em brejos, alagados e água rasa. O chamado mais freqüente, que inspirou o nome popular, é um assobio agudo, i-re-rê, dado com vôo, pode ser ouvido também de noite.


MARRECA CABOCLA Dendrocygna autumnalis



Mais numeroso na região norte do pantanal, bico e pernas vermelhos róseos. Face e garganta cinzentas, com coroa e faixa na nuca ferrugíneas, papo marrom alaranjado, peito cinza, barriga preta, crisso salpicado de brando. Por cima marrom ferrugínea, coberteiras da asa brancas, cauda preta, em vôo , faixa branca na asa, larga e chamativa, quase invisível na ave em repouso, jovem com bico e pernas cinzentos e colorido mais apagado que o adulto. Prefere áreas brejosas abertas.


Costuma ficar pousada á beira da água em bandos que chegam a centenas ou até milhares de aves. Junta se com outras espécies do mesmo gênero. Empoleira em árvores, especialmente em galhos mortos. Em geral aninha dentro de ocos de árvores.


Ao voar, tem silhueta característica o chamando é um assobio mais agudo e um pouco mais rápido que o do irerê, que é ouvido sobretudo de noite e durante o vôo.



ANANAÍ  Amazonetta brasiliensis



Muito comum, de ocorrência ampla em brejos, lagoas e alagados. É o pato mais freqüente no pantanal. Pernas vermelhas, o Macho marrom com bico vermelho e face, lados do pescoço e garganta brancos sujos, peito ocráceo, flancos com pintas pretas.


A fêmea com bico cinza e duas manchas brancas, acima e diante do olho, face e lados do pescoço mais claros.


Em voo, tanto o macho quanto a fêmea tem na asa uma grande área verde azulada, comum triângulo branco nas secundárias. Rabadilha parda, contrastando com cauda escura. Vive grupinhos de até 12 aves, reconhecidos pelo bico vermelho, o padrão vistoso das asas é característico.


Às vezes descansa em margens descampadas, com irerês ou marrecas caboclas, mas em geral seus bandos ficam à parte. Alimenta- se mariscando com o bico na água rasa. Vôo rápido, baixo e reto. O chamado é um assobio agudo, repetido constantemente, em geral em vôo.

TACHÃ e ANHUMA (Anhimídeos) São aves muito grandes, de pernas robustas e aparência de galinhas enormes. Têm um esporão no encontro da asa. Vivem em áreas alagadas e andam sobre a vegetação flutuante mesmo sem terem pés palmados. As duas espécies em geral não ocorrem juntas

TACHÃ Chauna torquata


Comum, fácil de ver em brejos e à beira de lagoas e baías, no Pantanal. Colorido geral cinza, dorso mais escuro, tem face e pernas rosa choque, um topete curvo e colar preto e branco. Em vôo, grande mancha branca na asa, oculta na ave pousada.


Em casal, pousam em capinzal alagado, arvoretas ou arbustos. Fora da reprodução forma grupos numerosos bandinhos familiares são visto entre setembro e dezembro.



Barulhentas, tem vários gritos pouco musicais, em especial é um ta-rrã sonoro e potente, emitido em vôo, que inspirou o nome popular, pousada, dá um tcharrarc




ANHUMA Anhima cornuta


Escassa, de ocorrência localizada em ares alagadas e à beira de lagoas, mais numerosa no norte do pantanal. Ausente em boa parte do pantanal de aparência inconfundível tem olho amarelo, colorido geral preto reluzente, coroa e peito salpicados de preto e branco, barriga branca, pernas cinzentas.


Em voo aparece uma grande mancha braça na asa.


Tem na testa um chifre branco, logo e delgado, constituído pela raque modificada de uma pena, geralmente em casal, pousa em capinzais ou arvoretas, perto da água. Arisca, foge numa corrida pesada e alça vôo com dificuldade, indo pousar num arbusto ou árvore distante. Vocaliza muito e é ouvida a quilômetros, pousada dá um uu-hu profundo e potente, ás vezes em série, intercalado com grasnados e notas guturais.