sábado, 15 de outubro de 2011

EMBERiZÍDEO

EMBERiZÍDEOS  formam um grupo grande e variado de pássaros pequenos com ampla ocorrência neotropical, bem representado na região. A maioria tem Vico cônico, adaptado para triturar sementes, vivem sobreufo em áreas abertas e capoeiras.


 GÊNERO ORYZOBORUS lembra os papa-capins, mas tem bico muito mais robusto. Os machos bem escuros. Cobiçadas como aves de gaiola, as duas espécies são capturadas sem trégua , tendo escasseado.


TIZIU Volatinia jacarina


Abundante, de ocorrência ampla em capinzais naturais ou antrópicos, até em cidade, uma das aves mais frequentes e conhecidas de áreas alteradas. Bico delicado e pontudo. O macho preto luzidio, branco sob a asa. A fêmea marrom, parto-clara por baixo, com peito e flancos rajados. 






O macho na muda e imaturo, mesclado de preto e marrom. Fora da época de cria, forma grandes bandos, come sementes, mutas vezes com para-capins como o coleirinha. Na época de cria, o macho pousa num lugar baixo e emite um "tziu" abrupto, enquanto dá um salto vertical, girando as asas e exibindo o branco sob elas.

O GÊNERO SPOROPHILA reúne papa-capins pequenos e de bico robusto. Habitam áreas abertas. Alguns outros têm ocorrência restrita e aparecem na região como migrantes. As fêmeas difíceis de identificar, em geral pardas, mais claras por baixo.


BIGODINHO Sporophila lineola

Razoavelmente comum, de forma localizada, em capinzais e capoeirinhas. Status incerto na região; é provável que crie no S e apareça de passagem no N. O macho preto por cima, com bigode e alto da coral brancos  e bico preto; garganta preta, branco por baixo. 



fêmea com bico amarelado. Na reprodução, é numeroso e fácil de ver em alguns lugares; menos frequente em outras épocas, ás vezes com outros para-capins. Pousa em talos de capim para comer sementes. 


COLEIRO-DO-BREJO Sporophila collaris

Razoavelmente comum em brejos e arredores, preferindo capim alto e vegetação arbustiva. Grande para um papa-capim, de colorido marcante. Bico preto, pesado, no Pantanal, o macho preto por cima com manchas brancas  ao redor do olho e gola pardo alaranjada na nuca, garganta branca, coleira preta no peito, acanelado por baixo.


Na porção norte, mais variável, mas de padrão semelhante, com partes inferiores e gola mais brancas, sobretudo esta.


A fêmea lembra o macho, marrom por cima, com faixas alaranjadas e espelho pardo na asa e ao menos um vestígio de gola na nuca ou faixas na asa e dois tons por baixo. Em casal ou grupinhos, não costuma associar-se a seus congêneres. Canto, uma sequencia rápida de notas musicais, sem um padrão definido, mas atraente.


CABOBLINHO-DO-CHAPÉU-CINZA Sporophila cinnamomea

Migrante austral raro, em campo e campo cerrado, preferindo capinzais úmidos e altos. O macho de cor geral castanha com coroa cinza contrastante; asa e cauda cor de ardósia, com um espelho branco na asa. 






Visto em pequenos números, em bandos mistos de papa-capins. Cria sobretudo no NE da Argentina.



CHORÃO Sporophila leucoptera

Escasso, de ocorrência localizada em áreas abertas com moitas esparsas e em brejos, quase sempre perto de água. O macho com bico amarelo, padrão bicolor, cinza por cima, com espelho branco na asa, branco uniforme por baixo.


 A fêmea relativamente grande, com bico claro. Visto sozinho ou em casais distantes uns dos outros, não se junta em bandos nem se associa a outros papa-capins. O canto é a repetição monótona de uma única nota, sonora e clara. “clii, clii, clii...” Também chamado de patativa-chorona e patativa-boiadeiro, é perseguido como “ave de gaiola”.

O GÊNERO CORYPHOSPINGUS  inclui duas espécies, em ambas o macho tem crista preta e vermelha.

TICO-TICO-REI  Corphospingus cucullatus

Escasso em cerrado, cerradão, capoeira rala e pastos sujos; mais numeroso no S, talvez apenas como migrante austral no N (inverno). O macho pardo-avermelhado-escuro por cima, crista como a da cravina, anel ocular branco, vermelho desbotado por baixo.




 A fêmea mais apagada, amarronzada or cima e tosada por baixo, sem crista, anel ocular branco. O macho inconfundível pelo avermelhado uniforme da plumagem, o anel ocular ajuda a identificar a fêmea. Mais visto no chão, em grupinhos fora da reprodução. às vezes junto com outras espécies.



CANÁRIO-DO-CAMPO  Emberizoides herbicola 



De ocorrência ampla, localmente comum em campos naturais e pastos com capim mais alto e com arbustos dispersos. Cauda bastante longa, graduada, terminando em pontas. Bico laranja com cúlmen preto. 




Todo pardo , dorso com rajado preto bem evidente, partes inferiores mais claras, loro e anel ocular esbranquiçados, asa mais olivácea, com filetes amarelo-oliváceos e pequena área amarela no ombro. De comportamento discreto, desloca-se pelo chão, sempre oculto na vegetação, alimentando-se de insetos e sementes, de manhã bem cedo,  pode pousar em cercas de arame e no alto de moitas e de touceiras de capim.





Os CANÁRIOS são pássaros robustos, basicamente amarelos, que vivem em áreas abertas. São gregários e fáceis de ver. Atualmente na família dos Emberizídeos, talvez sejam Traupídeos.

CANÁRIO-DA-TERRA Sicalis flaveola
Comum, de ocorrência ampla em áreas aberas com árvores, incluindo pastos, plantações e sedes de fazendas. O macho amarelo, com testa laranja, mais oliváceo por cima e com dorso rajado.




A fêmea, por cima parda rajada de marrom, por baixo branco-suja com fino estriado marrom. Alimenta-se sobretudo no chão, pode formar grandes bandos, as vezes com outras espécies em fazendas, frequenta os arredores de casas e visita comedouros, canto, uma série variável de notas bem enunciadas e frases curtas, musical e agradável. Popular como “ave de gaiola”, é tão perseguido que em muitos locais praticamente desapareceu.


PINTASSILGO  Carduelis magellanica
Escasso de ocorrência localizada em áreas abertas com árvores, como borada de mata, plantações, pomares e sedes de fazendas, escasso ou ausente do Pantanal. Bico cônico e curto. O macho com capuz preto contrastando co dorso amarelo-oliva e partes inferiores amarelo-vivas, rabadilha amarela. 




Asa preta com extensa área amarela, cauda preta, amarela na base. A fêmea mais apagada, sem capuz preto, parda por cima, com dorso rajado de mais escuro, rabadilha amarela, asa e cauda como no macho. Em grupinhos alimenta-se a qualquer altura , do chão ao topo das árvores, costuma ser manso. Voo ondulado, bem característico. Muito perseguido como ave de gaiola.

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