De ocorrência ampla no Pantanal. Possui o bico róseo salpicado de preto. O macho com carúnculas vermelhas no bico e topete no alto da cabeça, face nua, preta.
Cor geral preta esverdeada reluzente. Em vôo, grande espelho branco na asa, oculto quando pousada. A fêmea bem menor, sem topete e com menos branco. Ave mais velha tem mais branco. Jovem marrom escuro ou preto sem brilho, pouco ou nenhum branco na asa. O pato do mato é elegante, alerta e arisco, de vôo pesado, mas vigoroso, pasta no capim baixo, chapinha na água rasa e quase não se junto a outros anatídeos. Empoleira e pernoita em árvores, aninha em ocos nos troncos. Em geral silencioso, pode sibilar ou grasnar baixinho.
O GÊNERO DENCROCYGNA inclui marrecas vistosas, de pescoços e pernas um tanto longos. Formam grandes bandos ruidosos, freqüentes em brejos e alagados. Descasam em terra e são ativos de noite.
IRERÊ Dendrocygna viduata
Comum em brejos e á beira de baías e lagoas. Bico e pernas cinza escuros. Face e garganta brancas contrastando como o negro do resto da cabeça e pescoço, por cima, marrom rajado com pardo. Paro e peito de um marrom ferrugíneo vivo, em vôo, asa e cauda escuras. Costuma permanecer pousado a beira da água, numa postura alerta, em geral em bandos, que pode ter centenas de aves, ás vezes junto com outras espécies do mesmo gênero.
Alimenta se em brejos, alagados e água rasa. O chamado mais freqüente, que inspirou o nome popular, é um assobio agudo, i-re-rê, dado com vôo, pode ser ouvido também de noite.
MARRECA CABOCLA Dendrocygna autumnalis
Mais numeroso na região norte do pantanal, bico e pernas vermelhos róseos. Face e garganta cinzentas, com coroa e faixa na nuca ferrugíneas, papo marrom alaranjado, peito cinza, barriga preta, crisso salpicado de brando. Por cima marrom ferrugínea, coberteiras da asa brancas, cauda preta, em vôo , faixa branca na asa, larga e chamativa, quase invisível na ave em repouso, jovem com bico e pernas cinzentos e colorido mais apagado que o adulto. Prefere áreas brejosas abertas.
Costuma ficar pousada á beira da água em bandos que chegam a centenas ou até milhares de aves. Junta se com outras espécies do mesmo gênero. Empoleira em árvores, especialmente em galhos mortos. Em geral aninha dentro de ocos de árvores.
Ao voar, tem silhueta característica o chamando é um assobio mais agudo e um pouco mais rápido que o do irerê, que é ouvido sobretudo de noite e durante o vôo.
ANANAÍ Amazonetta brasiliensis
Muito comum, de ocorrência ampla em brejos, lagoas e alagados. É o pato mais freqüente no pantanal. Pernas vermelhas, o Macho marrom com bico vermelho e face, lados do pescoço e garganta brancos sujos, peito ocráceo, flancos com pintas pretas.
A fêmea com bico cinza e duas manchas brancas, acima e diante do olho, face e lados do pescoço mais claros.
Em voo, tanto o macho quanto a fêmea tem na asa uma grande área verde azulada, comum triângulo branco nas secundárias. Rabadilha parda, contrastando com cauda escura. Vive grupinhos de até 12 aves, reconhecidos pelo bico vermelho, o padrão vistoso das asas é característico.
Às vezes descansa em margens descampadas, com irerês ou marrecas caboclas, mas em geral seus bandos ficam à parte. Alimenta- se mariscando com o bico na água rasa. Vôo rápido, baixo e reto. O chamado é um assobio agudo, repetido constantemente, em geral em vôo.
Um comentário:
Parabéns pela página. Busquei nela algumas informações sobre algumas "marrecos" registrados no Pantanal.
Postar um comentário